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SEM RECURSOS FINANCEIROS PARA ATENDER A TODA DEMANDA, ABRIGOS PARA IDOSOS TÊM FILA DE ESPERA EM MT

Políticas públicas para idosos não acompanham evolução dessa parcela da população

Idosos em situação de vulnerabilidade têm sofrido com a falta de investimentos em políticas públicas, apesar da população idosa ter crescido na última década e representar 15,2% do total de brasileiros acima de 60 anos, atualmente, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Isso tem sobrecarregado as instituições filantrópicas que vivem de doações e que lidam com fila de espera por vaga.

No Lar São Vicente de Paulo, em Várzea Grande, a ocupação está constantemente no limite máximo, de 65 idosos. Quando uma vaga se abre, imediatamente ela é ocupada por um dos cerca de 70 idosos que estão na lista de espera.

A escassez de recursos para custear as ações em benefício dos idosos tem como um dos demonstrativos o número de Conselhos Municipais do Idoso em Mato Grosso com fundos municipais.

No Estado, de acordo com o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CEDDIPI), Isandir Rezende, apesar dos 113 Conselhos Municipais do Idoso já estabelecidos, apenas 37 possuem fundos municipais.

Várzea Grande, segundo município mais populoso do estado e que possui 18.030 habitantes com 60 anos ou mais, possui um fundo financeiro, mas o valor arrecadado é bem inferior ao necessário para atender a população idosa.

“Em 2022, a arrecadação foi de cerca de R$ 60 mil, porém, esse ano arrecadamos pouco mais de R$ 18 mil. É uma redução bastante considerável e esse recurso é muito pequeno diante das demandas que temos para atender a população idosa”, destaca.

O Lar dos Idosos São Vicente de Paulo é a única casa de acolhimento de longa permanência do município para receber idosos resgatados em situação de vulnerabilidade. A Instituição conta com parte desse fundo para desenvolver as suas atividades.

“Não é possível nem atender a demanda dessa casa, quem dirá construir uma nova. Estamos lutando para conseguir construir uma casa transitória para atender a demanda dos idosos que não tem família ou alguém que possa cuidar”, afirmou a presidente do conselho municipal do idoso de Várzea Grande, Cilbene Conceição.

Além disso, só neste ano foi sancionada a criação do fundo estadual para a população idosa.

“Nós já estávamos trabalhando no CEDDIPI na busca da regulamentação desse fundo estadual há mais de 6 anos. Com essa mudança, eu acredito que se incorpora ao Estado, um papel de protagonizar aos demais gestores municipais, para que eles também criem o seu fundo municipal”, explicou o presidente do Conselho Estadual.

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